segunda-feira, 30 de abril de 2012

CONTEÚDOS DO BLOG

O blog:"Ler e Escrever, Prazer em Conhecer", apresentará aos visitantes diversos tipos de textos para serem trabalhados e explorados com alunos, tanto na leitura, quanto na escrita.
O blog também traz algumas informações importantes de figuras famosas que fizeram e fazem parte da nossa história de vida.
O curso Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade no Contexto Digital - 2012, oferece aos cursistas, criadores dos blogs, momentos de amizade, socialização, partilha de ideias,  trocas de experiências e muita informação a ser acrescentada em nossa bagagem profissional e individual.
Em nome do grupo 2, representado pelas cursistas Ana Maria e Zenaide, agradeço a todos os colegas que visitaram nosso blog e expressaram suas ideias e opiniões. Esperamos que o conteúdo apresentado possa ser útil a todos os cursistas.
Agradecemos também a nossa querida tutora, a professora Katia que sempre nos orientou em tudo.
Quando há respeito, harmonia e união, como está ocorrendo com a turma 27, tudo funciona perfeitamente bem. Que Deus proteja e abençoe a todos.


Leitura de cartaz - propaganda


1) Quais os elementos que compõem a propaganda? Qual a sua mensagem, finalidade e o público alvo?

2) O que lembra a figura em vermelho? De que forma as cores e o tamanho das letras foram explorados?
c) Quais as esferas governamentais envolvidas na propaganda? Que meios ela usa para permitir que o leitor procure essas informações?

d) Na sua opinião, qual(is) disciplina(s) pode(m) explorar a leitura e a interpretação deste cartaz de propaganda?

Leitura de Charge

Charge: “O novo rico e sua mulher na esteira” – Arnaldo Angeli Filho



1) É possível identificar o lugar onde está ambientalizada a cena? Por quê?

2) Qual a condição social do personagem masculino? Esta informação está clara na charge? Onde?

3) Como a ideia de movimento é apresentada? Qual o contraste entre os personagens?

4) Produza um texto, narrando a cena acima.

Leitura de textos verbais e não verbais

QUÍMICA DA DIGESTÃO



Adaptado do artigo de Lúcia Tosi, da Universidade Pierre e Marie Curie, originalmente publicado no volume 6 da coleção Ciência Hoje na Escola. (SARESP 2004 - Avaliação diagnóstica – 28/06/2011, 8ª/9º série/ano).

1) Que tipo de texto é esse? Por quê?
 
2) Em sua opinião, em qual(is) disciplina(s) poderá(ão) trabalhar a leitura  e a escrita?

TUTORA

LEITURA E ESCRITA EM CONTEXTO DIGITAL - 2012 - TURMA 27


KATIA REGINA PESSOA (Tutor)
São Paulo-SP


Olá!

Quantas histórias um professor tem para contar. Não é mesmo?

Já saboreei vários cursos: Pedagogia, Literatura, Gestão Educacional.

Há cinco anos, trabalho com formação de professores da Rede Estadual de São Paulo e o ensino a distância me fisgou em 2008, quando iniciei a tutoria de um curso de Psicopedagogia.

No mundo da pesquisa, minha maior recompensa foi estudar Graciliano Ramos, o Velho Graça, foco do meu Mestrado.

Estar com e entre livros é o que me deixa completamente feliz. Dança, peças teatrais, cinema, viagens também fazem parte do pacote de minhas alegrias cotidianas.

As demais experiências simplesmente acontecerão...

Abraços a todos!

Katia


domingo, 29 de abril de 2012

DEPOIMENTOS DE LEITURA E ESCRITA

DEPOIMENTOS DE LEITURA E ESCRITA - GRUPO 2


Retrospectiva: escrita x leitura
Morei numa fazenda, onde fui alfabetizada em uma escola rural. A professora vinha da cidade para nos ensinar. Entrei na escola com seis anos e já sabia escrever meu nome completo, os nomes de meus pais e meu irmão. Já sabia escrever os números de 1 a 10, tudo ensinado pela minha mãe, que estudou até a 3ª série, só que escrevia com a mão esquerda, para o “desgosto” (se é esse o termo) de meu pai.
Meu primeiro dia de aula foi meio traumatizante, pois meu pai queria a todo custo que eu escrevesse com a mão direita (ele dizia que “canhoto era contra Deus”). A professora, atendendo ao pedido dele, praticamente me forçou a escrever com a mão direita o que já escrevia com a esquerda. Sofri muito, mas hoje, escrevo com as duas mãos. Fiz de um limão, uma limonada.
Minha mãe era empregada na casa de um dos patrões donos da fazenda. Todas as vezes que ela me levava ficava encantada com uma estante cheia de livros. Um dia, a patroa dela viu meus olhinhos brilhando para a estante e deu-me um livro: “Reinações de Narizinho”, fiquei extasiada! Li e reli o livro não sei quantas vezes e o tinha guardado com muito carinho, mesmo velhinho, mas na nossa mudança para a cidade, o livro perdeu-se no caminho. Estudando na cidade, na biblioteca encontrei um exemplar do meu livro perdido, mas não era a mesma coisa. Depois, li quase todos os livros da Coleção Vaga-Lume.
Hoje, confesso-me uma viciada pela leitura, desligo-me, viajo e vivo “fazendo amor com as palavras”, como disse Rubem Alves: “Ler é fazer amor com as palavras”.

(Ana Maria)
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Zenaide

A leitura nos leva a um mundo imaginário, abre caminhos para novos mundos, ideias e sentimentos, é uma experiência radiosa em nossa vida. Como leitores descobrimos nossos próprios sentimentos e pensamentos.
Lembro-me de quando criança ficava imaginando histórias e contava-as ao meu irmão, primos e amigos. Entrei na escola e aprendi a ler, foi uma emoção muito grande, a minha primeira professora também foi minha primeira diretora, eu lia várias vezes as histórias da cartilha até decorava, não tínhamos livros para leitura,morávamos na zona rural e a situação era precária.
Quando comecei na 5ª série (6ºano) era na cidade, a vinda era difícil, usava ônibus da prefeitura muito cheio, super lotado, mas na folga do intervalo ia até a biblioteca procurar livros para ler. Tinha livros diversos, mas o que mais lia era Ilha Perdida; Mina de Ouro; Montanha Encantada; romances (Júlia, Sabrina,B ianca) fazíamos trocas entre os colegas, era maravilhoso.
Hoje, com meus filhos, continuei contando histórias para dormirem e comprava muitos gibis para que eles começassem a gostar de ler. Eu, continuo adorando ler, e leio de tudo.


COMPONENTES DO GRUPO 2

COMPONENTES DO GRUPO 2


Ana Maria Aparecida Garcia de Godoy (Cursista)
Cafelândia-SP


Olá colegas de curso, leciono há mais de 12 anos. Ingressei em 2008 em Itapevi, cidade que tenho muitas saudades dos grandes amigos que deixei e onde fui muito bem recebida. Saí de lá para atuar como PC em minha cidade, onde estou hoje com minha sede e há 5 anos como PC. Adoro ler, amo os animais, sou apaixonada pelo mar e a pessoa que mais amo neste mundo é a minha querida mãezinha que infelizmente está doente há mais de 4 meses e vem me dando vários sustos. Estou passando por uma fase difícil, por isso, escolhi a Fênix. Tenho muita fé em Deus que ela irá se curar e que este curso acrescentará muito em minha vida pessoal e profissional, além de fazer novos amigos.

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ZENAIDE RODRIGUES MEZALIRA (Cursista)
Monte Castelo-SP

Sou professora de Historia na E.E João Bernardi, atualmente designada professora Coordenadora do E.F. Espero com este curso potencializar meus conhecimentos e adquirir novas experiências que possam ser aplicadas no meu dia a dia.

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Os demais integrantes do grupo 2, infelizmente até o presente momento não se manifestaram. São eles:
- Elvira Maria Cypriano Moriwaki (São Carlos);
- Martha Delhi Lopes Moura (Santos);
- Paulo Rogério de Oliveira;
- Regina Célia Minari Sbizera (Andradina).


APRESENTAÇÃO DO BLOG DO CURSO

APRESENTAÇÃO

Este blog faz parte de um programa de formação continuada, à distância, de educadores e todos estão convidados a visitá-lo sempre que quiserem.

O Programa Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade é um
curso de formação continuada para professores PEB II de todas as áreas e disciplinas. O curso pretende ampliar a formação dos participantes para que possam tomar parte de forma mais efetiva nas práticas atuais que envolvem a leitura e a escrita em diversos contextos, situações, suportes e mídias, uma das exigências para uma participação mais efetiva, letrada e cidadã na sociedade.
A primeira versão do Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade foi elaborada pela PUC-SP, a partir de uma demanda da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SEE-SP) e contou com a particiapação de professores de todas as áreas do currículo. Nesta segunda versão, apresenta-se reformulado para contemplar as sugestões feitas pelos cursistas concluintes da primeira versão e para estar em sintonia com o momento presente em que é novamente oferecido à rede pública estadual.
A ideia do curso é refletir e exercer, com os educadores em formação, práticas de leitura e escrita em ambientes digitais interativos. A partir dessas vivências, pretende-se trabalhar com diferentes abordagens de circulação, compreensão e produção de textos - em diferentes gêneros, modalidades e linguagens - nas salas de aula da rede pública estadual.

O programa todo é composto por quatro cursos

No curso 1 estão previstas atividades de integração, familiarização com os recursos computacionais e ferramentas digitais - de leitura e escrita em ambiente digital -, com destaque para a leitura e produção de blogs e para o uso/preenchimento de gêneros burocráticos - formulários, perfis e cadastros. Além disso, haverá exploração de conceitos fundamentais no curso (gêneros do discurso, esferas de atividade) e atividades de reconhecimento de características de textos. O curso termina com uma análise de práticas pedagógicas correntes na escola e uma reflexão sobre o quanto elas contribuem para o desenvolvimento das capacidades leitoras e escritoras.
No curso 2 você será convidado a vivenciar e analisar as capacidades de leitura e escrita relacionadas aos discursos das ciências que alimentam as disciplinas escolares. Explorará os discursos científicos, de divulgação científica e didáticos, em diversas áreas do conhecimento, e as capacidades específicas de leitura e escrita que eles exigem. A intenção é que você reflita para perceber também como conduzir, junto a seus alunos, as atividades de leitura e produção de textos nas aulas de sua disciplina, de maneira a levá-los a uma compreensão mais efetiva dos conteúdos de sua área.
O curso 3 trabalhará com os textos jornalísticos que circulam nas várias mídias, dentre as quais serão destacadas a impressa, a digital e a televisiva. Esta etapa do trabalho depende de uma retomada das características da esfera jornalística e da natureza dos textos que nela circulam. Serão estudados também os demais atores que fazem parte dessa esfera, os jornais como empresas, as características do “produto” que vendem e os interesses em jogo no controle e veiculação da informação. Outros aspectos do trabalho neste curso incluem o processo de produção dos textos jornalísticos, o cotidiano dos jornalistas e demais articulistas e a função desses textos no dia-a-dia dos leitores, ouvintes e espectadores das notícias. O curso propõe, ao final, uma reflexão sobre como podem ser trabalhados os textos dessa esfera em sala de aula.
No curso 4 são focalizadas algumas linguagens das artes e é proposta uma reflexão sobre o tratamento que lhes é dado em ambientes virtuais. Estão incluídas a linguagem da música e das canções, a poesia em suas variadas formas, até mesmo a dos poemas digitais, e a pintura, da escola renascentista até as artes digitais, com seus recursos de animação, flash e pintura em pixels. 

sábado, 28 de abril de 2012

DIA DO EDUCADOR

28 DE ABRIL - DIA DO EDUCADOR


     Muito além de livros e cadernos, Educar significa ver o mundo com olhos capazes de se emocionar com o amor e com a tristeza, capazes de dividir angústias, capazes de espelhar a beleza do outro, quando nem ele mesmo consegue conhecer os próprios talentos.
     Educar é dialogar: escutar com plenitude, e falar, com mansidão ou firmeza, tecendo sentidos para a voz, pois quem educa sabe que cada palavra é uma porta que se abre ao essencial, ao que nos faz efetivamente humanos.
     Educar é nunca deixar de se despertar interiormente, pois a aprendizagem precisa de encontros, de entrega, de encantamento, e, acima de tudo, de modelos e referências em quem espelhar o caráter e os sonhos.
     Educar é reconhecer a individualidade dos ritmos, descobrir os interesses autênticos, fortalecer os grupos e cada um, traçando caminhos que levam à autonomia no existir, no refletir, no criar.
     Educar é comprometer-se em despertar a própria capacidade de ser feliz, de fazer feliz, de multiplicar-se e seguir construindo um mundo diferente, com pessoas diferentes, para quem ensinar e aprender significa, acima de tudo, humanizar.


PARABÉNS A TODOS OS EDUCADORES!

Uma notícia para um jornal voltado para as classes A e B

MORTE DESCONHECIDA
             

Homem é encontrado morto em porta de residência da suposta amante, na noite de ontem, em Monte Castelo, pequena cidade do interior de São Paulo.

            Jayminho Oliva, 57 anos, foi encontrado caído na soleira da porta de B.M., 39. B.M. conta  que acabara de levantar e, ainda, no banheiro, ouviu a campainha tocar insistentemente. Às pressas,  abriu a porta e percebeu a presença do cadáver frio e rígido.
            A polícia ainda não sabe o que aconteceu, já que não é a primeira vez que fatos estranhos acontecem na cidade e não havia ninguém na rua, naquele momento. As investigações continuam no 39º DP.

Zenaide Rodrigues Mezalvia

domingo, 22 de abril de 2012

Uma notícia para um jornal voltado para as classes A e B


JORNAL PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA

São Paulo, 22 de abril de 2012.


MISTÉRIO NO HOTEL CONTEMPORÂNEO

Hóspede encontra corpo caído na soleira da porta

Na manhã desta segunda-feira, 23 de abril de 2012, Jorge, que mora no Rio de Janeiro e hospedou-se no famoso Hotel Contemporâneo para uma convenção de negócios, tem uma desagradável surpresa ao abrir a porta de seu quarto.
         Ao acordar com o despertar do seu celular, Jorge levanta-se rapidamente, pois teria uma reunião de negócios da sua empresa “Leitura e Escrita”, localizada na Avenida Paulista, em São Paulo, no centro de convenções do Hotel Contemporâneo, no Rio de Janeiro, localizado em frente à praia de Copacabana. Vai ao banheiro, toma um banho e quando estava escovando os dentes, ouve o barulho do soar da campainha do seu quarto. Enxuga-se rapidamente, veste o roupão ofertado pelo próprio hotel e caminha até a porta.
         Pensando que fosse a camareira do hotel, destranca a fechadura e abre sorridente a porta, para lhe dar um educado bom-dia.
         Num sobressalto, assusta-se ao ver um homem caído de bruços na soleira da porta do seu quarto, número 26. Pensa tratar-se de alguma brincadeira de algum colega da reunião. Corre os olhos para todos os lados e observa que não há mais ninguém no corredor a não ser ele com a porta de seu quarto entreaberta e o suposto corpo caído em sua frente.
         Decide então verificar de quem se trata. Ainda com o roupão do hotel, abaixa-se e resolve tocar no corpo, vê que se trata de um homem e sente com as pontas dos dedos que o corpo estava gélido e rígido. Conclui que o homem estava morto e que foi deixado não sabe o porquê, na soleira da porta do seu quarto.
         Veste-se rapidamente, corre até o telefone, liga assustado para o gerente do hotel e explica-lhe tudo, em seguida, liga para a central de polícia e depois para o seu advogado que o aguardava no restaurante do hotel para tomar o café da manhã. O advogado sobe imediatamente até o seu quarto, juntamente com o gerente e todos, no quarto de Jorge, aguardavam a chegada da polícia para averiguar o desfecho dessa história.

Ana Maria Ap. Garcia de Godoy

Ler e escrever na disciplina de Matemática


Ø
MATEMÁTICA
 
 
Estratégias de cálculo, resolução de problemas, registro oral e escrito, construção, reprodução e identificação de figuras, exploração e reconhecimento de corpos geométricos, medição e comparação de medidas.
Os textos dos problemas matemáticos exigem a proficiência em leitura. Os alunos precisam entender a que se refere cada número para analisar como chegar à resposta. O professor da disciplina deve ajudá-los a fazer as perguntas certas e conseguir relacionar os dados. Uma alternativa é pedir aos alunos que, antes de fazer os cálculos, falem com as próprias palavras sobre os caminhos para encontrar a solução.
 
O professor de matemática deve:
• procurar não se limitar simplesmente a corrigir exercícios, constatando resultados incorretos;
• deve-se ater ao como e ao porquê da atuação do aluno em uma determinada situação de ensino, além de preocupar-se em analisar as estratégias de solução, bem como as respostas, com a finalidade de buscar no erro as causas das dificuldades e dos obstáculos envolvidos no processo da aprendizagem do aluno.
• propiciar ao aluno o conflito de idéias e conceitos já adquiridos e, a partir da tomada de consciência desse conflito, de sua discussão aberta, que o aluno possa começar a ver a necessidade de reordenar, reorganizar e mudar seus conhecimentos prévios para que possa assimilar corretamente os novos conhecimentos que se apresentam.
 
 
A “Regra de Três”
Primeiramente, vamos interpretar essa regra. Assim, por que a regra chama-se de “TRÊS”?
• É preciso que o professor indique os caminhos, claro. Então, primeiro ele cria um conflito para o aluno resolver. Ora, como o próprio nome sugere, a regra de três envolve três números que podem nos auxiliar na descoberta de um quarto número, desde que, claro, esses três números estejam em proporção.
• Mas o que é proporção? Para responder a pergunta, passemos a um exemplo concreto: Se 2 crianças constroem 4 castelos de areia em um dia, quantos castelos 8 crianças construirão em um dia?
 
 
• Inicialmente, é preciso apontar os números reais do problema: 2 crianças, 4 castelos e 8 crianças.
• Depois levá-los a trabalhar com esses números de modo a buscar um quarto número como a leitura do enunciado da questão sugere.
• Então, qual é o número que está faltando? O de castelos construídos pelas 8 crianças.
• E como resolver o problema? Trabalhando com a proporção: se 2 crianças conseguiram construir 4 castelos, 8 crianças construirão ___ castelos. A fórmula matemática dada e decorada pelos alunos é: 2_ = 4_
                                                                     8      x
 
 
• Todavia, não basta decorar a fórmula. É preciso entender que se 4 números estão
em proporção, ou seja, 2 está para 4 assim como 8 está para x, em nosso
problema, o produto (isto é, a multiplicação) dos meios é igual ao produto dos
extremos (terminologias matemáticas, mas que não interferem no principal: a
lógica que está na cabeça de qualquer ser humano).
• Então: 2 multiplicado por x tem que ser igual a 8 x 4 = 32
 
 
Concluindo: O ensino de matemática não deve se limitar ao tratamento de
teorias formalizadas. Ele precisa desvelar sua relação com o mundo tanto no que
se refere à sua construção como à sua inter-relação com outras áreas de
conhecimento. Neste processo não existe uma forma objetiva e única de ação.
O ensino da matemática deve então criar condições para que o aluno reconheça
sua capacidade de construir conhecimento e proceder continuamente como um
pesquisador.
CARRASCO, Lúcia Helena Marques. Leitura e escrita na matemática.
In: NEVES, Iara C. B. et all (orgs.) Ler e escrever. Compromisso de todas as áreas.
6ª ed. Porto Alegre: UFRGS, 1998. p. 192-204.
    • Logo x deve ser igual a 32 dividido por 2 = 16.   Bibliografia

Ler e Escrever em Língua Portuguesa


LÍNGUA PORTUGUESA
Leitura para a classe
Leitura para aprender a ler
Escrita para aprender a escrever
Produção textual
Comunicação oral
O professor de Língua Portuguesa pode assumir a função de auxiliar os colegas, porém é sua função colocar as turmas em contato com gêneros menos abordados nas demais áreas, como poemas, crônicas, contos, texto opinativo e trabalhar para aumentar o vocabulário dos estudantes com a exploração de textos mais difíceis.



INTERDICIPLINARIDADE
 
 
Importante também é o professor se aproximar mais dos colegas das outras áreas em um caminho interdiciplinar de abordagem temática, passando a conhecer e a dialogar com o que se passa na aula anterior ou na seguinte, serão possíveis resultados mais amplos, mais significativos. Seria interessante, por exemplo, um trabalho conjunto entre os professores de literatura, história e geografia. Vários textos literários podem ajudar os professores de todas essas áreas à prática de leitura e apreensão de conteúdos. Exemplos:
• No Rio Grande do Sul, o romance Os ratos, de Dyonélio Machado.
• Em Minas Gerais, o romance Ilda Furacão, de Roberto Drummond.
• No Nordeste, os Sertões, de Euclides da Cunha.
• No Norte, Maíra, de Darci Ribeiro.
 
Cinthia Rodrigues (NOVA ESCOLA Ler em Todas as Disciplinas)

Ler e escrever nas disciplinas de LEM


LÍNGUA ESTRANGEIRA
O uso de diferentes gêneros, como canções, desde o início do aprendizado de um idioma tem mais sucesso do que o caminho tradicional de tradução e memorização de palavras. Mesmo sem entender cada vocábulo, é possível desenvolver a habilidade de entender o contexto geral e, aos poucos, propor objetivos específicos. Para tanto, o professor dispõe de esquemas elaborados com perguntas ou com uma linha do tempo.


Cinthia Rodrigues (NOVA ESCOLA Ler em Todas as Disciplinas)

Ler e escrever na disciplina de História


ØHISTÓRIA
 
 
Trabalho com sujeitos históricos e perspectivas, leitura e escrita sobre História, leitura de mapas geográficos e históricos, representação gráfica do tempo, análise de imagens. Procurar a contextualização de época em um texto, imagem ou mapa exige uma habilidade específica de leitura. Em História, os alunos devem aprender a colocar fatos em ordem cronológica, comparar fotos e mapas antigos com representações atuais do mesmo espaço e buscar em textos literários e jornalísticos elementos que colaborem com a compreensão do passado - como a descrição de roupas, de costumes e do contexto social e político. O professor pode colaborar ainda com a aplicabilidade dos tempos verbais e o incentivo à construção de relatos pelos alunos.
 
 
Cinthia Rodrigues (NOVA ESCOLA Ler em Todas as Disciplinas)

Ler e escrever na disciplina de Geografia


GEOGRAFIA
 
 
Leitura e escrita sobre Geografia, atividades com imagens e mapas, trabalho de campo.
Além dos textos didáticos é preciso, nessa disciplina, ler o espaço - composto de paisagens naturais e culturais em transformação. Há também croquis, mapas, fotos e imagens de satélites que servem de apoio desde que sejam compreendidos. O aluno precisa entender também títulos, legendas e escalas.
Uma estratégia utilizada para ensinar a ler e escrever em Geografia é utilizar letras de música. Vejamos dois exemplos dados pelo professor Nestor André Kaercher, do NIUE da UFRGS.
 
 
Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção no que o meu irmão ouve
E como uma segunda pele, um calo, uma casca
Uma cápsula protetora
Eu quero chegar antes
Pra sinalizar o estar de cada coisa, filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo divertindo gente, chorando ao telefone
E vendo doer a fome nos meninos que têm fome
Calcanhoto, Adriana. Esquadros, 1992.
 
 
Em um trabalho de leitura atenta da música de Adriana Calcanhoto com os alunos o professor de Geografia poderá:
• Tentar fazer os alunos “verem cores” que nunca tinham visto e “prestarem atenção” em coisas até então imperceptíveis. Assim, estará estimulando-os a ler o mundo com outros olhos.
• Estimular os alunos a “ouvirem o seu irmão”, com respeito e atenção. Tarefa difícil sem dúvida, mas é um exercício pedagógico que nós, os professores, podemos ajudar a praticar.
• Levar os alunos e a si próprio a se indignar com “a fome dos meninos”. Isso é mais do que “dar geografia”, é discutir ética, política, enfim, o mundo em que vivemos. É que um conceito tão importante em geografia, o de “espaço”, não deve ser apenas o de palco passivo onde os seres humanos atuam. Ele é, também, elemento influenciador/limitador/organizador/estimulador de nossas ações. Isso é ensinar a ler e a escrever em Geografia.
 
 
Chego a ter medo do futuro
E da solidão que em minha porta bate
E eu gostava tanto de você
Eu corro, fujo dessa sombra
Em sonho veio este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver pra não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você
Maia, Tim. Gostava tanto de você, 1973.
 
 
Em um trabalho de leitura atenta da música de Tim Maia com os alunos o professor de Geografia poderá:
• Mostrar que, como o compositor captou, lugares não são apenas espaços “físicos” mensuráveis. Nada acontece fora do espaço.
• Relacionar estes espaços com os seres humanos que ali habitam para entender a sociedade e este espaço, esta parece ser uma das contribuições da geografia.
Enfim, ler e escrever em Geografia é:
• fazer relações entre o que o professor fala ou o que ele lê nos livros e geografia com o mundo que ele vê na TV, pr exemplo;
• fazer relações entre mundo/sociedade com sua escola e livros;
• perceber que o espaço que vemos/pisamos é a síntese da sociedade em que ele está inserido, isto é, o espaço contém (e é contido por) aspectos políticos, econômicos e culturais.
• Adquirir uma visão de mundo, reconhecer e estabelecer seu lugar no espaço geográfico, o que inclui, também, a noção da possibilidade de sua exclusão.
 
 
KAERCHER, Nestor André. Ler e escrever a geografia para dizer a sua palavra e construir o seu espaço. In: NEVES, Iara C. B. et all (orgs.) Ler e escrever. Compromisso de todas as áreas. 6ª ed. Porto Alegre: UFRGS, 1998. p. 73-85.
SCHAFFER, Neiva Otero. Ler a paisagem, o mapa, o livro... Escrever nas linguagens da geografia. In: NEVES, Iara C. B. et all (orgs.) Ler e escrever. Compromisso de todas as áreas. 6ª ed. Porto Alegre: UFRGS, 1998. p. 86-103.

Ler e escrever na disciplina de Educação Física


Ø
EDUCAÇÃO FÍSICA
 
 
Leitura de práticas corporais, atividades práticas, aprofundamento dos conhecimentos.
Os movimentos - a base de esportes, jogos, lutas e danças - expressam muitos significados da cultura em que estão inseridos. Para ensinar os alunos a lê-los e interpretá-los, o professor de Educação Física pode usar infográficos, vídeos e narrativas de atividades.
O professor de educação física que privilegia apenas o movimento como conteúdo está cometendo um equívoco, pois deixa de lado a produção de escrita como forma dos alunos registrarem as suas sensações e impressões a respeito de qualquer vivência que tenha acontecido durante a mesma, estimulando as sua s abstrações, uma vez que fazer é fundamental, mas fazer e refletir são capacidades humanas vitais.
 
 
GONÇALVES, Clézio J. S. Ler e escrever também com o corpo em movimento. In: NEVES, Iara C. B. et all (orgs.) Ler e escrever. Compromisso de todas as áreas. 6ª ed. Porto Alegre: UFRGS, 1998. p. 47-63.
 
 
 

Leitura e escrita na disciplina de Ciências


CIÊNCIAS
 
 
Observação, experimentação, pesquisa em textos, leitura e escrita sobre Ciências.
Para a comunidade científica, uma bula de remédio organizada por tópicos é um dos textos mais fáceis de entender, mas a maioria das pessoas não acha tão simples. Cabe ao professor de Ciências ajudar os estudantes a explorar a precisão dos relatórios com conclusões de pesquisa, os textos instrucionais para fazer experiências e reportagens que abordem questões de saúde, alimentação, meio ambiente e tecnologia.
 

Cinthia Rodrigues (NOVA ESCOLA Ler em Todas as Disciplinas)
 

Leitura e escrita na disciplina de Arte


ARTE

Produção, percurso de criação pessoal, interpretação de imagens, fala, leitura e escrita sobre Arte.
Em Arte é preciso ensinar a ler textos sem palavras: texto verbal, filmes, músicas e imagens precisam ser lidos por etapas. Os estudantes devem passar pela descrição da obra, depois pela análise do estilo e pelo conhecimento do autor para só então chegar à mensagem que o artista pretende transmitir, ou seja, à interpretação.
Estágios a serem seguidos para a leitura de uma imagem:
Descrição: o aluno deve prestar atenção ao que está vendo e, a partir daí, listar apenas o que está evidente, isto é, tipos de linhas e formas utilizadas pelo autor da imagem, as cores, os elementos etc. São observados ainda: título da obra, nome do artista que a fez, lugar, época, material utilizado, técnica, estilo ou sistema de representação (figurativo, abstrato etc.).
  Análise: o aluno deve refletir sobre o comportamento dos elementos entre si, como se influenciam e se relacionam. Por exemplo: os espaços, os volumes, as cores, as texturas e a disposição na obra criam contrastes, semelhanças e combinações diferentes que neste momento serão analisados.
Interpretação: o aluno procura dar sentido ao que observou, tentando identificar sensações e sentimentos experimentados, buscando estabelecer relações entre a imagem e a realidade no sentido de apropriar-se da primeira.
Julgamento: o aluno emite um juízo de valor a respeito da qualidade da imagem, decidindo se ela merece ou não atenção.
 Cinthia Rodrigues (NOVA ESCOLA Ler em Todas as Disciplinas)
 
Exercício de leitura de imagem proposto por Isabel Kehrwald (1998).
Obra: Os retirantes, de Cândido Portinari, de 1944, óleo sobre a tela. MASP, São Paulo.
Fonte: Mange, Marily Diggs. Arte Brasileira para crianças. São Paulo, Martins Fontes, 1988. 8.
Descrição:
• O que você está vendo na imagem?
• Quantas pessoas está vendo? E que outros elementos?
• Existem linhas nesta imagem? Como são elas (lisas, grossas, retas, onduladas)?
• Que cores você vê? São claras, escuras, esfumaçadas?
• Que efeitos o artista conseguiu?
• Qual estilo e técnica da pintura?
Análise:
• Você identifica movimento na obra?
• Há uma figura central?
• Como é o fundo?
 Interpretação:
• Que sentimentos a obra motivou?
• A realidade expressa na obra é a mesma de hoje?
• Se Portinari fosse vivo será que pintaria o mesmo tema?
• Que semelhanças e diferenças é possível identificar no ontem da obra e o hoje?
Julgamento:
• Você acha que a obra é importante? Por quê?
• Por que Portinari a pintou?
• Por que as pessoas querem ter obra de arte?
A ESCRITA
O professor deve privilegiar o percurso criativo do aluno desestimulando os modelos prontos para colorir, as folhas mimeografadas ou xerocopiadas e as imagens estereotipadas que empobrecem a manifestação simbólica da criança rumo ao desenvolvimento de sua identidade como sujeito capaz de criar/recriar, participar/transformar. O professor de qualquer área do conhecimento é responsável também pela educação estética dos alunos.
Referência bibliográfica
KEHRWALD, Isabel Petry. Ler e escrever em artes visuais. In: NEVES, Iara C. B. et all (orgs.) Ler e escrever. Compromisso de todas as áreas. 6ª ed. Porto Alegre: UFRGS, 1998. p. 23-33. 9.